quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A volta

Quero expressar-me como antes, a leveza que as palavras iam surgindo e aos poucos modelando meus textos, sem o mínimo esforço, minha imaginação fluía livremente. O que foi que aconteceu? Será que não me permito mais sonhar? Não conseguiria cogitar a idéia de tudo ter se transformado em técnica.
Devo explodir as grades dessa prisão onde fora submetidas minhas fantasias. Como uma francês pensa, concordo, são tempos difíceis para os sonhadores, mas a dificuldade não deveria me influenciar a não sonhar. A sutil criação é o que salva minha alma astuciosa, não necessito tirar meu pés do chão ou fechar meus olhos para a realidade para poder sonhar e, sim, consegui ver através daquilo que se enxerga.
Voltar é sentir todos seus sentimentos e emoções que foram trancafiados dentro de meu peito, os libertarei e lidarei com o que mudou.
Visivelmente dói -escrever- mas no fundo da racionalidade sei que essa dor só se baseia no medo, porque escrever é a forma mais nua que uma pessoa pode se encontrar.