sábado, 13 de novembro de 2010

Tomou a ultima xícara de café, a casa já estava vazia, tudo que sobrou foi o silencio e as recentes memórias gritando em seu peito e pensamento. A mesa já não tinha mais espaço para encaixar a xícara e a bagunça de cereal que ela deixará antes de partir ocupava o canto “mais limpo”. Não sabia o que fazer, pegou a xícara, abriu a torneira e olhou a água limpa que saia da torneira quebrada se misturando com o restinho de café que ali ainda estava; deixou na pia, virou, pensou em tirar o pijama, mas não iria sair do apartamento naquele dia frio, então não tinha porque tirar, assim como ela não tinha porque ter ido embora. Foi em direção da janela, fechou a cortina e deitou-se no sofá, apertou sua cabeça com força, mas ela não doía mais que seu coração. Ring, ring, o telefone tocou horas depois - na verdade já deixará de ter uma noção cronológica do tempo - correu para atender, mas já tinha caído. Sabia quem estava ligando, mas... Não retornaria, em vez disso, retornou para pia, lavou a xícara e a secou, em vão, ela caiu e se despedaçou caindo no chão.

Um comentário: